Porque fazer Engenharia de Produção?
A
história tem mostrado que nem sempre uma crise econômica representa uma
ameaça ao sucesso dos negócios. Transformar um momento negativo em
oportunidade é possível. É neste cenário marcado por desafios que entram
em cena as engenharias de Produção e Processos, importantes
metodologias capazes de garantir o bom desempenho das organizações mesmo
em tempos de crise.
“O papel das engenharias de produção e processos é fundamental, pois é
por meio delas que as empresas serão capazes de identificar, implantar,
testar e medir seus processos, evidenciando o que agrega ou não valor à
cadeia produtiva”, explica a gerente de pesquisa da Megaware Industrial e
pós-graduada em Engenharia de Processos pelo Ietec, Flávia Lima e
Silva.
Na prática, engenheiros de produção e processos estão envolvidos na
tarefa de unir conhecimentos de administração, economia e engenharia
para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e
organizar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma
empresa.
“Visto de um ângulo curioso, os engenheiros de produção e processos são
os profissionais que mais se beneficiam com as situações de crise, uma
vez que eles estão capacitados a gerenciar os recursos humanos,
financeiros, materiais e ambientais de uma empresa, de maneira integrada
e racionalizada”, explica o coordenador dos cursos da área industrial
do Ietec, José Ignácio Villela.
Portanto, não há equivoco algum em afirmar que a rapidez de resposta de
uma empresa em um momento de crise ou de oportunidades está relacionada à
qualidade de atuação destes profissionais. No entanto, é visível a
deficiência de profissionais no que se refere à visão global e integrada
dos processos produtivos.
“O que vemos nas empresas são excelentes técnicos, cada um com a sua
especialização, buscando a melhor solução para seus problemas, mas sem
avaliar o todo, sem avaliar como suas decisões impactam nas diversas
áreas da organização”, analisa Villela.
Esta é também a opinião do gerente da área de Recozimento Final da
ArcelorMittal, João Paulo Alves: “Temos uma grande missão de desenvolver
nossa cultura empresarial, desenvolver a nossa engenharia de produção e
processos, as filosofias como o Six Sigma, Lean, entre outras. Essas
estratégias ainda encontram grande dificuldade de implantação na
indústria nacional, se comparadas com paises como o Japão”.
A capacitação profissional é apontada, portanto, como pré-requisito na
busca pela eficiência nas empresas. Logo, o mercado de trabalho para
engenheiros de produção e processos continuará aquecido. “Se o cenário
mundial exige que empresas sejam cada vez mais competitivas, com
produtos cada vez melhores, o papel dos engenheiros de produção e
processos é fundamental dentro das organizações e o cenário para eles
não poderia ser mais favorável”, afirma Flávia Lima.